Canto e Música Litúrgica
como cultivar uma espiritualidade unificadora em meio aos desafios da pandemia?
DOI:
https://doi.org/10.52451/teopraxis.v37i129.14Palavras-chave:
Liturgia, Música litúrgica, Assembleias, Espiritualidade, PandemiaResumo
Em meio à pandemia aumentaram os mecanismos de transmissão para as celebrações paroquiais e diocesanas. A porção do povo de Deus saiu do caráter territorial jurídico caracterizado pela Igreja Particular e passou para o além-fronteiras da realidade cibernética. Os elementos simbólicorituais da celebração litúrgica deixam de ter sua relação de proximidade devido ao distanciamento social. As assembleias, sem poderem participar ativamente dos ritos através dos sentidos ficaram privadas do paladar, do olfato, do olhar, do escutar e do tato, percepções reais que aguçam à participação em tempos normais. As chamadas telas dos aparelhos eletrônicos dividem o olhar com outros aplicativos seja de chamadas, entretenimento e informação ou comerciais. Em meio a tudo isso, como garantir que os elementos simbólico-rituais cumpram sua função significativa de agregar às liturgias seu poder revelador mistérico? Como desvelar o segredo dos ritos por meio das telas sem a participação ativa das assembleias? A música litúrgica se coloca como um desses elementos altamente simbólicos e reveladores dos mistérios da fé. Ela ajuda a comunidade a vivenciar as ações rituais, sendo o próprio rito ou acompanhando as ações rituais. Nesse nosso artigo fazemos alguns questionamentos sobre a produção, a execução e os embates do campo musical que trouxeram a pandemia e as celebrações virtuais. Como nenhum setor estava preparado para isso, a intenção não é apontar autorias ou até mesmo provocar a polêmica, mas sim elucidar e retomar alguns pontos conquistados após o Concílio Vaticano II e que podem ser revistos e colocados em prática à medida em que o que está em jogo é a participação ativa, plena, consciente, frutuosa, interna e externa do povo de Deus através das celebrações litúrgicas.
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