Antônio Pereira dos Santos[1]
Na última segunda-feira, dia 23 de maio, o curso de extensão sobre educação, espiritualidade e fraternidade – diálogos de esperança a partir da Fratelli Tutti, promovido pela Arquidiocese de Passo Fundo, Itepa Faculdades e ECOPAZ, vivenciou o seu sexto encontro, a metade do cronograma programático. O curso conta com a participação efetiva de aproximadamente 80 educadores advindos da Arquidiocese de Passo Fundo e de diferentes regiões do Brasil.
Mas, como está sendo a experiência formativa até aqui? Os encontros estão proporcionando espaços de reflexão e de tomada de consciência diante da realidade educacional? A Fratelli Tutti do Papa Francisco está favorecendo o pensamento crítico e fraterno? São questões importantes e emergem da vivência e das inúmeras possibilidades que este espaço de discussão está favorecendo.
Com a participação de assessores reconhecidos em todas as regiões do Brasil, sensíveis e engajados nas causas educacionais, as temáticas discutidas até o sexto encontro foram:
- Educação, fraternidade e espiritualidade – Por uma pedagogia da Esperança (Assessoria do Monge Benedetino e teólogo Marcelo Barros);
- Sobre o papel da educação na perspectiva humanista da formação integral e solidária (Assessoria de Hildete e Paulo Ricardo da comunidade Bremen);
- Educação e fraternidade – Olhares para a realidade, as sombras de um mundo fechado (Assessoria do professor Luiz Rena);
- Educação, direitos humanos e justiça social – as sombras de um mundo fechado (Assessoria do professor Luiz Rena);
- Educação e espiritualidade – a pedagogia samaritana (Assessoria de Pe. Celso Carpenedo);
- Esperança e solidariedade – Pensar e gerar um mundo aberto (Assessoria da professora Marilza Schuina).
O modesto objetivo do curso em promover a formação continuada de educadores/as e lideranças eclesiais que, no contexto e em ressonância à Campanha da Fraternidade 2022, queiram se aprofundar no estudo da Carta Encíclica Fratelli Tutti, vem possibilitando discussões perenes, significativas e transformadoras, que estão mobilizando a esperançar frente a um cenário de muitas sobras. Nesse sentido, voltando as perguntas iniciais, percebe-se que os espaços de diálogo e de escuta, além de garantir o respeito às diferenças, fortalecem as relações na defesa de uma educação solidária, humanística e democrática.
Na perspectiva de uma educação de qualidade e para todos, os encontros se tornaram um espaço de resistência, e sobretudo de conhecimento dos desafios inerentes à realidade das políticas públicas, que consiste em negar e substituir uma educação humanizadora, por uma oferta educativa mercantil e de rentabilidade. A despeito desse cenário, o curso de extensão, se consolida como um espaço de reflexão, partilha, vivência e de construção coletiva em salvaguardar os princípios que regem o amor fraterno a partir do chamamento que o Papa Francisco faz a todos. Seguimos, com esperança e na luta por uma educação que promova a amizade social.
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[1] Integrante da pastoral da educação da Arquidiocese de Passo Fundo e da coordenação do curso de extensão. Professor de Filosofia e mestrando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo.