Cristo Vive! Exortação Apostólica do Papa para os jovens.

No dia 2 de abril de 2019, o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, direcionada a todos os jovens e ao povo de Deus em geral. Neste Documento, dividido em nove capítulos, o Pontífice refletiu sobre temáticas fundamentais e extremamente atuais.

Segundo o Santo Padre, “a juventude é um tempo bendito para o jovem e abençoado para a Igreja e para o mundo. É uma alegria, uma canção de esperança e uma bem-aventurança. Apreciar a juventude implica em ver esse tempo de vida como um momento valioso e não como uma etapa de passagem na qual os jovens se sentem empurrados para a idade adulta” (n. 134-135), ponderou. A juventude é um estado do coração (n. 34), um período de sonhos, de escolhas, de inquietudes saudáveis, de amizade com Cristo – aquele que revela a verdadeira plenitude do ser jovem (n. 150) –, de entrega generosa e de sacrifícios que geram fecundidade (n. 108). Nesse sentido, o Papa pediu que os jovens vençam a superficialidade, sejam profetas e revolucionários, deixem marcas no mundo e rebelem-se contra a cultura do provisório, que considera o casamento como algo fora de moda: “encorajo-os a optar pelo Matrimônio”, disse ele (n. 162; 264).

Nessa mesma linha, o Pontífice insistiu: “queridos jovens, por favor, não fiqueis na varanda olhando a vida, mergulhem nela […] como fez Jesus. Mas, acima de tudo, de um jeito ou de outro, sejam lutadores pelo bem comum, sejam servidores dos pobres, sejam protagonistas da revolução da caridade e do serviço, capazes de resistir às patologias do consumismo e individualismo superficial” (n. 174). “[…] Temos que nos atrever a ser diferentes, para mostrar outros sonhos que este mundo não oferece, para testemunhar a beleza […] do serviço, da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração […]” (n. 36). “Não confundam a felicidade com um sofá, nem vivam toda a sua vida na frente de um visor de uma tela. […] Não sejam carros estacionados […]. Arrisquem, mesmo que se equivoquem. Não sobrevivam com a alma anestesiada, nem olhem para o mundo como se fossem turistas. Façam barulho! Eliminem os medos que os paralisam para que não se transformem em jovens mumificados. Vivam! Entreguem-se ao melhor da vida! Abram a porta da gaiola e saiam para voar! Por favor, não se aposentem antes do tempo” (n. 143). “[…] Não esperem o amanhã para colaborar na transformação do mundo com sua energia, sua audácia e sua criatividade. […] Vocês são o agora de Deus, que os quer fecundos. […] A melhor maneira de preparar um bom futuro é viver o presente com entrega e generosidade” (n. 178).

É preciso estar na comunidade de fé para enfrentar todas as ciladas e tentações (n. 110), não deixar que nos roubem a esperança e a alegria (n. 107) e procurar o desenvolvimento espiritual (n. 158), que se expressa, antes de tudo, na busca da justiça, da fé e do amor fraterno e misericordioso (n. 163).

Por fim, o Papa convidou os jovens ao discernimento, que exige autoconhecimento, silêncio interior e esforço para reconhecer a própria vocação e respondê-la a exemplo de Maria, que “[…] disse ‘sim’, sem enrolar” (n. 44). “Queridos jovens, serei feliz em ver vocês correrem mais rápido que os lentos e medrosos. […] A Igreja necessita de seu entusiasmo, suas intuições, sua fé. Nos fazem falta! E quando chegarem onde nós ainda não chegamos, tenham paciência de esperar por nós” (n. 299).

Diacono Moisés Geremia