Iniciado o Curso de Extensão sobre a Mística e a Espiritualidade do cuidado da Saúde

No dia 16 de agosto de 2018, iniciou o Curso de Extensão sobre a Mística e a Espiritualidade do cuidado da Saúde, promovido pela Itepa – Faculdades, nas dependências da Catedral Metropolitana de Passo Fundo. O objetivo deste curso é profundar a espiritualidade e a mística do cuidado da saúde, a partir da prática de Jesus, que enviou os discípulos para “curar os doentes”, abrindo-se assim um processo de iniciação e de formação permanente dos agentes sociais e de pastoral, a serviço dos necessitados. O primeiro dia de encontro, realizado no dia 16 de agosto corrente, foi ministrado pela Prof. Drª. Cláudia Prety, Engenheira Agrônoma e Professora da Universidade de Passo Fundo-RS (UPF), que explanou sobre o Cuidado com a saúde e a natureza.

Num primeiro momento, a Drª Cláudia destacou a importância de reconhecer o alimento como parte do corpo. Esta iniciativa permite às pessoas a reeducação alimentar e a consciência de que a alimentação saudável, quando incorporada à vida, pode curar as mais diversas doenças. Relatando sua experiência pessoal da cura da alteração da tireoide, a Professora demonstrou que é possível, a partir da ingestão de alimentos orgânicos, recuperar a saúde.

Mesmo que a maioria dos médicos afirmem que as doenças autoimunes não estão relacionadas à alimentação, pode-se comprovar, estatisticamente, o contrário, disse a Professora e apresentou expressivos dados estatísticos que relatam o aumento de doenças, como por exemplo o câncer, em contextos onde são utilizados inseticidas ou outros tipos de insumos (venenos) sobre as plantas alimentares ou onde há um consumo desmedido de produtos provocadores de consequências negativas ao organismo.

Um dos produtos mais comuns da sociedade, o trigo está, nos dias de hoje, sendo um grande vilão para a saúde. Normalmente, o grão possui cerca de 6% de glúten. Atualmente com as novas técnicas de manipulação, os grãos apresentam-se em grande escala com 33% deste componente. Isso significa que ao ingerir grande quantidade de glúten, que atua como uma espécie de “cola”, as paredes intestinais não conseguem absorver os nutrientes necessários para alimentar o organismo. O fato da maioria das pessoas estar habituada a utilizar a farinha de trigo, revela grande dificuldade das mesmas em reeducar-se para atingir um hábito alimentar mais saudável.

Além disto, a Profª Cláudia insistiu no consumo de alimentos vegetais, desprovidos do contato com agrotóxicos. Ao cultivar a agricultura familiar as pessoas podem estabelecer um contato maior com a natureza e produzir sua própria alimentação. Da mesma forma, incentivar e adquirir os produtos das “feiras ecológicas” é contribuir significativamente com o trabalho dos pequenos agricultores que possuem a consciência que seu trabalho se desenvolve em favor de uma alimentação de qualidade, ou seja, em favor de uma vida de qualidade. Mesmo diante de um quadro assustador de consumo de alimentos cultivados com agrotóxicos ou de doenças relacionadas a eles, a Professora destacou que é possível reverter este panorama. Ainda há a esperança de aumentar a qualidade da saúde humana, mesmo a nível mundial, desde que haja a mudança nos hábitos alimentares e no cultivo dos alimentos. A nível nacional, esta qualidade surgirá à medida em que houver maior consciência de que o Brasil é um país onde se pode encontrar, na natureza, todos os recursos possíveis.

No desenvolvimento da aula, a Professora disponibilizou alimentos preparados com produtos orgânicos, bem como temperos e grãos potencializados para consumo ou cultivação. Além disto, apresentou diversos materiais, como livros e revistas, que abordam os mais diversos temas referentes à alimentação saudável, incluindo o modo de preparo dos alimentos, a especificação dos vegetais. Concluiu incentivando os participantes a cultivarem hábitos alimentares que auxiliam na prevenção de doenças e no cuidado com a saúde para a realização de uma vida plena.