A Experiência da capelinha vocacional no Seminário Maior Nossa Senhora Aparecida

A Igreja dos três estados do Sul iniciou esse ano o projeto “cada comunidade uma nova vocação”. O projeto tem como objetivo suscitar uma cultura vocacional em todas as comunidades para despertar as mais variadas vocações, unindo a Igreja em torno da oração, do Evangelho e do desejo pelo serviço. O próprio Jesus rezou pelas vocações (Mt 9,36-38), isso nos faz perceber que o chamado para encontrar o sentido pleno da vida é dirigido para todos, mas é obra da graça de Deus.

No desejo de despertar as comunidades para promoverem todas as vocações e ministérios, os seminaristas e padres do Seminário Maior Nossa Senhora Aparecida estão fazendo uma experiência de acolhida e oração com a capelinha vocacional. A presença da capelinha no seminário tem nos ajudado para refletir sobre a nossa vocação e ao chamado que estamos respondendo. Também tem contribuído para a criação de relações de fraternidade e compaixão para com os irmãos de caminhada.

Como vocacionados do Senhor vamos construindo a nossa resposta. Ela precisa ser livre e consciente. Maria de Nazaré tem-nos ajudado a entender a verdadeira liberdade, um sim permanente a Deus. Maria recebeu o chamado, foi provocada a sair de sua zona de conforto, ouviu a proposta de Deus, viveu seus momentos de dúvidas, mas respondeu sim, enraizando a sua liberdade na verdadeira proposta que edifica as nossas vidas – o Projeto de Deus. E seu sim foi se reforçando à medida do seguimento do Seu Filho.

Responder sim ao chamado de Deus, exige cultivo permanente e a elaboração de um projeto de vida que nos leve ao seguimento de Jesus. É tendo a consciência que a iniciativa primeira é de Deus, mas a resposta somos nós que damos, que crescemos no discipulado e na vivência profética que o nosso batismo nos desafia.

Aprendemos que a vocação não é status e nem privilégio, mas serviço, principalmente aos pobres e excluídos. A abertura à graça de Deus nos estimula à responsabilidade e a participar de sua vida por meio de um projeto comunitário que nos leva à prática do bem, da justiça e da compaixão aos que sofrem. Portanto, a missão nos exige denunciar as estruturas que massacram a vida humana e anunciarmos a Boa Nova do Evangelho.

Antônio Pereira dos Santos