Daitepa comemora Dia do Trabalhador

foto: Pablo Cechinato de Lima

A Itepa Faculdades se reuniu no dia 3 de maio de 2018 para refletir, rezar e celebrar o Dia dos Trabalhadores que ocorreu no primeiro dia do mês corrente. Os acadêmicos do Setor Social do Daitepa prepararam o lanche que foi confraternizado entre todos os discentes, docentes e funcionários do Instituto de Teologia e Pastoral. Os responsáveis do Setor Social apresentaram o motivo do encontro lendo trechos da “Mensagem da CNBB aos Trabalhadores e Trabalhadoras de 1º de maio de 2018”, lembrando que a Igreja está ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras na luta pela justiça, dignidade sobretudo quando o contexto é de prolongada crise. Em seguida, foi rezado de mãos dadas um Pai Nosso na intenção de todos os trabalhadores e trabalhadoras que com sacrifícios são co-criadores da obra de Deus. Por fim, foi cantada a música intitulada “Trabalhadores” de autoria do Pe. Zezinho, SCJ.

Segue na integra abaixo a Mensagem da CNBB e a canção de Pe. Zezinho.

Pablo Cechinato de Lima
Setor Comunicação – Daitepa

MENSAGEM DA CNBB AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
1º DE MAIO DE 2018

“O clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso” (Tg 5,4)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, fiel à sua missão profética, iluminada pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja, saúda os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil que celebram o seu dia neste 1º de Maio. “Convencida de que o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra” (Laborem Exercens, 4), a Igreja coloca-se ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras em sua luta por justiça e dignidade, sobretudo, neste momento de prolongada crise vivida pelo Brasil.

O trabalho não é mercadoria, mas um modo de expressão direta da pessoa humana (cf. Mater et Magistra, 18) que, por meio dele, “deve procurar o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos” (Laborem Exercens, Intr.).

Além disso, recorda-nos o Papa Francisco, o trabalho humano é participação na criação que continua todos os dias, inclusive, graças às mãos, à mente e ao coração dos trabalhadores: “Na terra, há poucas alegrias maiores do que as que sentimos ao trabalhar, assim como há poucas dores maiores do que as do trabalho, quando ele explora, esmaga, humilha e mata” (Gênova, 2017). Com tão grande dignidade, o trabalho humano não pode ser governado por uma economia voltada exclusivamente para o lucro, sacrificando a vida e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Ao Estado compete cuidar para que as relações de trabalho se deem na justiça e na equidade (cf. Mater et Magistra, 21). A solução para a crise, que abate o País, não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos.

Conforme temos insistido em nossos pronunciamentos, solidários com os movimentos sociais, especialmente com as organizações de trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com as injustiças, com o desemprego e com as precárias condições de trabalho, reafirmamos seu papel indispensável para o avanço da democracia, apoiamos suas justas reivindicações e os incentivamos a contribuir, em clima de diálogo amplo e manifestações pacíficas, para a edificação da justiça, da fraternidade e da paz no mundo do trabalho, sendo “sal da terra e luz do mundo”, segundo a Palavra de Jesus.

Neste 1º de maio, mais uma vez, conclamamos os católicos e todas as pessoas de boa vontade a vencerem a tentação da indiferença e da omissão, colocando-se decididamente ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, assumindo a defesa de seus direitos e de suas justas reivindicações.

O Senhor nosso Deus, que “ama a justiça e o direito” (Sl 32,5), nos conceda a graça de construirmos juntos um país verdadeiramente justo e democrático.

São José Operário, cuja memória hoje celebramos, nos acompanhe com seu exemplo e intercessão.

Brasília-DF, 30 de abril de 2018

TRABALHADORES

Pe. Zezinho, scj

Deus abençoe os lixeiros e as varredeiras
e os operários que sujam as mãos
e o limpador de bueiros e as lavadeiras
e quem se suja de graxa e sabão!

Trabalhadores, trabalhadoras,
Deus também é trabalhador!

Deus abençoe os banqueiros, e os fazendeiros
e os comerciantes e os industriais
e os ilumine também, pra que não explorem
nem especulem, nem ganhem demais!

Deus abençoe os artistas e educadores
e os sonhadores do lado de lá
e os ilumine também, pra que não se esqueçam
que tem criança do lado de cá!

Deus abençoe os profetas e os religiosos
que gostam muito de profetizar
e os ilumine também, pra que não imaginem
que só seu grupinho é que vai se salvar!

Deus abençoe as mulheres trabalhadoras
porque trabalham duas vezes mais
e as abençoe também, pra que não se cansem
porque sem elas não vai haver paz!

Deus abençoe os eleitos e os eleitores
e quem governa este nosso país
e os ilumine também, pra que não se esqueçam
do excluído e do mais infeliz!